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Arteterapia: a arte de ser, viver e sentir!

  • Foto do escritor: Léia Salazar
    Léia Salazar
  • 28 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

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A arte é uma das mais genuínas manifestações humanas. Muito além da pintura de uma tela – a que normalmente a palavra arte é atrelada – representa a possibilidade de expressão, simbolização e vivência, desde um aspecto mais amplo que é o contexto sociocultural em que estamos inseridos, ao mais micro, individual e particular de cada ser. A linguagem verbal, musical, corporal, sejam todas juntas ou em separado, possibilitam ao sujeito marcar seu tempo histórico (e transformá-lo, visto que o sujeito e o social estão sempre em um movimento dialético em que modifica e concomitantemente é modificado) ao passo em que entra em contato com sua própria consciência.

Jung, psiquiatra suíço, trouxe a perspectiva da arte como uma função psíquica natural e estruturante. Solicitava aos clientes que desenhasse seus sonhos, sentimentos, conflitos, pois, acreditava ser essa uma maneira de o indivíduo organizar seu caos interior. Ele mesmo se utilizava da escrita e dos desenhos como forma expressão. Podemos contemplar suas ilustrações n’O Livro Vermelho, lançado em 2009, 48 anos após sua morte. No Brasil tivemos Nise da Silveira que utilizou a arteterapia, o contato com a natureza e outros recursos terapêuticos com pacientes de hospitais psiquiátricos, propondo uma nova forma de tratamento.

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A utilização dos instrumentos artísticos como método terapêutico pode trazer benefícios em muitos contextos - educacional, hospitalar, clínico. Além de ser um poderoso mecanismo projetivo (a pessoa fala de si através das produções) e de autopercepção, é versátil e pode ser adaptado aos mais variados públicos – crianças, adolescentes, adultos, idosos. A expressão por meio das artes proporciona a capacidade de resolução de questões, criação de alternativas funcionais para resolução de problemas, ressignificação, (re)criação de caminhos, atualização do ser humano, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.


O fazer artístico livre pode levar o indivíduo a ver-se capaz de transpor suas dificuldades e fortificar suas potencialidades. Lembrando que, na arteterapia não levamos em consideração os aspectos estéticos das produções do cliente, logo, não há julgamentos por parte do terapeuta. O que é realmente relevante é o significado que as produções têm para o cliente. Toda forma criativa de expressão de sua existência é uma forma de se fazer arte.




 
 
 

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